...Lá estava você encostada na
coluna, que separava a sala de desembarque, da minha chegada, e de você. Você estava
impaciente, parecia nervosa. Demonstrava uma aflição apaixonante no olhar que
buscava entre os que chegavam, sem saber ao certo, quem era eu, entre tantos.
Seus olhinhos traçavam e demonstravam a inquietude mais bela que já presenciei.
Então eu chegava mais perto, coração batendo forte, suor gelado nas costas, um
tremor de ansiedade e ao mesmo tempo de alegria, euforia e prazer. Tentava
travar os músculos para reduzir a caminhada, pois aquela visão era única,
perfeita, uma pintura. Você estava ali, diante de meus olhos, mas cega na
direção de meu olhar. Não me enxergava, mas eu sim, egoísta em meus passos
demorei a chegar. Queria guardar cada instante, cada expressão de seu rosto,
cada reflexo de seus olhos, para jamais esquecer. Então cheguei, olhei e te
toquei, beijei... Este instante foi único, inigualável, inimaginável, e desde
então seu perfume, seu sorriso, seu beijo, nunca mais foi esquecido...
A.Mace
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